Neuropsicopedagogia Clínica: Por onde começar quando você se sente perdida?

Juliana Palma
20 de jun.
3 min de leitura

Você terminou a pós-graduação em Neuropsicopedagogia e agora está com o diploma nas mãos… mas, ao invés de se sentir pronta para começar a atender, a sensação é de pânico:

"E agora? Por onde eu começo?""Como faço meu primeiro atendimento?""Será que vou dar conta de fazer uma avaliação neuropsicopedagógica completa?""Preciso ter todos os testes? Como montar um plano de intervenção?"

Se você está se sentindo perdida nesse início de carreira, saiba de uma coisa: você não está sozinha.

Essa é uma das fases mais desafiadoras para qualquer neuropsicopedagogo(a) recém-formado.Mas a boa notícia é: tem como sair dessa confusão e começar a atender com segurança, mesmo com poucos recursos e experiência.

Por que a maioria dos neuropsicopedagogos inicia a carreira com medo?

👉 A verdade é que a maioria das pós-graduações em Neuropsicopedagogia foca muito na teoria e pouco na prática.

Você aprendeu sobre desenvolvimento cognitivo, transtornos de aprendizagem, neurociências, funções executivas, atenção, memória…

Mas na hora de:

✅ Fazer a primeira anamnese

✅ Montar o primeiro protocolo de avaliação

✅ Elaborar o primeiro relatório

✅ Conduzir uma devolutiva com os pais

✅ Criar um plano de intervenção neuropsicopedagógica

👉 Bate o medo. E é normal. A prática clínica é um universo completamente diferente da sala de aula da pós.

5 passos para começar na Neuropsicopedagogia Clínica mesmo se sentindo perdida

Se você quer começar, mas não sabe como, siga esse roteiro simples e prático:

1. Estruture um atendimento básico (mesmo que seja simples)

👉 Você não precisa ter todos os testes psicométricos para começar.

✅ Comece com uma anamnese bem feita

✅ Faça atividades de triagem e observação das funções cognitivas

✅ Registre os comportamentos observados

✅ Planeje um retorno com os pais para dar um feedback

Dica: Trabalhe dentro dos limites éticos da Neuropsicopedagogia. Não tente fazer diagnósticos médicos.

2. Tenha modelos prontos de documentos clínicos

👉 Um dos maiores bloqueios dos iniciantes é não saber como organizar as informações.

✅ Tenha um modelo de anamnese

✅ Um roteiro de plano de intervenção

✅ Estrutura básica de relatório neuropsicopedagógico

✅ Roteiro de devolutiva

Se você não tem esses materiais ainda, busque um curso de prática clínica que te forneça.

3. Escolha um público para começar (não queira abraçar tudo de uma vez)

👉 Quer começar com crianças? Com adolescentes? Ou com adultos com queixas cognitivas?

Definir isso logo de início ajuda a organizar:

✅ Seus materiais

✅ Seus estudos

✅ Sua divulgação nas redes sociais

4. Busque supervisão clínica

👉 Se você tentar começar sozinha, vai sentir insegurança em todas as etapas:

✅ Vai ter medo de atender

✅ Vai travar na hora de fazer o relatório

✅ Vai ficar perdida nos encaminhamentos

A supervisão te dá segurança, direcionamento e evita erros éticos.

Muitas das minhas alunas só conseguiram dar o primeiro passo depois de participarem das supervisões individuais que ofereço dentro do nosso Curso de Formação Prática.